Ex-ministro da Fazendo Guido Mantega foi preso na 34ª fase da Operação Lava Jato

Foi na manhã de quinta-feira (22/09), durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi preso pela Polícia Federal. Guido, que no momento da detenção estava em um hospital acompanhando sua esposa, foi alvo de um mandado de prisão temporária com prazo de cinco dias. O cumprimento será em Curitiba, matriz das ações desse caso.

No início da tarde do mesmo dia, contudo, o juiz Sergio Moro mandou soltar o petista.

A acusação deriva das investigações que indicam uma atuação direta do empresário Eike Batista junto ao ex-ministro. Eike, à época dono da empresa OSX, contratada pela Petrobras, teria negociado o repasse de recursos para pagamentos de dívidas provenientes de campanhas partidárias em 2010.

Eike, em depoimento, declarou ter recebido pedido diretamente de Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões para o Partido dos Trabalhadores.

Mantega comandou a Fazenda entre 2006 e 2014, ou seja, durante os mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. Atuou também como presidente do conselho de Administração da Petrobras.

Esta fase, batizada de Arquivo X, cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva (situação em que a pessoa não atende ao chamado voluntário e é obrigada a ir prestar esclarecimentos) no Distrito Federal e em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.

A aposta da PF (Polícia Federal) era de que Mantega estaria em sua casa em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, mas ele não estava no local. No momento de sua prisão, foi encontrado no Hospital Albert Einsten, zona sul da capital, onde acompanhava a mulher, que passaria por uma cirurgia.

José Roberto Batochio, advogado de Mantega, afirmou em entrevista coletiva: "Nós só esperamos que não atrapalhem a cirurgia".